sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

.#toledofeelings.




cariños, final de semana passado tive a felicidade de receber minhas primeiras visitas madrileñas: um casal de amigos paulistanos muito queridos, que moram em fortaleza e passaram o último ano vivendo aqui na europa [3 meses na inglaterra, 3 meses na toscana e 3 meses na provence]. foram 5 dias lindos, do mais límpido céu azul e da mais brilhante lua nova, coroados pela alegria genuína dos reencontros. 
poder mostrar para eles a 'minha madrid', e fazê-los entender, desde a primeira noite, que a espanha é um país de cores, gostos, cheiros e sons completamente únicos e absolutamente distintos daqueles recentemente experimentados por eles no reino unido, na itália e na frança, foi uma experiência prazerosa e divertida, que despertou-nos, em todos, a mais profunda gratidão pelos privilégios que temos tido na vida.  
no domingo, como tinha de ser, fui com eles até toledo, cidade medieval obrigatória, de enorme importância histórica, que foi capital da espanha até 1561 e residência de el greco nos últimos anos de sua vida [el entierro del conde de orgaz, a propósito, é um dos quadros mais impressionantes que já vi e continua exposto na iglesia de san tomé, exatamente como estava das outras vezes que estive lá, em 95 e 2001]. a parte antiga da cidade repousa imponentemente sobre uma enorme montanha e a visão desde qualquer ponto lá de baixo faz-nos entender, instantaneamente, por que toledo foi descrita por cervantes como 'glória de espanha'.
a delícia de toledo está em perder-se repetidas vezes por suas estreitas ruas de pedra, que sobem e descem, e giram e contornam, e que sempre deixam entrever algum momumento apontado para o alto: uma catedral, uma sinagoga, uma mesquita... sim, toledo tem no currículo a beleza imaterial de ter sido um centro de convivência religiosa [não gosto da palavra 'tolerância'] entre judeus e muçulmanos até 1492, quando os reyes católicos promoveram as cruzadas já mencionadas no post sobre segóvia.
perdemo-nos, inconscientemente, diversas vezes, mesmo munidos do indispensável mapa da cidade, até terminarmos o dia entre chocolates quentes e churros no encantador el café de las monjas, que recomendo imensamente.  

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