domingo, 11 de dezembro de 2011

.#burgosfeelings.





cariños, este sábado estive em burgos, cidade milenar, linda, que fica 250 km ao norte de madrid. fui a convite de uma amiga [venezuelana] do doutorado, que me ligou na sexta à noite propondo almoçarmos num tradicional asador da cidade, onde ela e o marido já tinham estado há dois anos atrás. como este é o tipo de convite que considero irrecusável, levantamos quando 'ainda era noite', percorremos um caminho tão lindo quanto cheio de neblina e pouco depois do meio-dia deixamos o carro num estacionamento sob a plaza mayor da cidade.
a visão da lindíssima catedral gótica de burgos desde a margem oposta do rio arlanzón é uma daquelas cenas para se rever em filme nos últimos momentos de uma vida. um quadro pintado a quatro mãos pelo divino e pelo humano, uma daquelas composições onde todas as coisas estão rigorosamente onde deveriam estar: o céu, o rio, as pontes, as árvores, a catedral. [lamento, muito, ter ficado tão absolutamente sem ação que esqueci de bater uma foto. sorry!]
burgos é uma cidade friíssima, onde costuma nevar glacialmente. neste sábado, os 5º positivos pareciam negativos e foi a primeira vez, desde que cheguei, que senti minhas pernas congelarem sob a calça jeans.
a cidade pertence à comunidade autônoma de castilla y león e é certamente uma das paradas mais bonitas do caminho de santiago de compostela. a catedral gótica, iniciada em 1221, é linda de morrer - sem dúvida uma das mais bonitas que já visitei. o domo principal, altíssimo, sob o qual repousam os corpos de el cid e sua mulher jimena, é branco e delicadíssimo como uma renda de renascença [pena que a foto não consiga reproduzir nem a metade de sua beleza original]. a escalera dorada, lindíssima, que vocês podem ver aí numa das fotos, é o caminho de entrada e saída dos reis espanhóis à catedral [isso mesmo, pela porta só entram e saem os reis da espanha!]. com o ingreso de entrada visita-se, ainda, um museu de tesouros litúrgicos que denuncia a ostentação e explica o poder da igreja católica através dos tempos.
para terminar o dia, antes de voltarmos para casa apreciando a paisagem ocre-oliva típica de castilla, o esperado almoço no asador azofra, que serviu de pretexto para o passeio, onde ordenamos o típico cordero de burgos, um delicioso robalo em costra de quinoa com geléia de tomate [para mim, que acho carneiro um bicho meigo demais para ser comido!] e outras delícias locais. um dia tão improvável quanto perfeito!

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