quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

#valenciafeelings

 .valencia de santiago calatrava.
 .ciudad de las artes y las ciencias.
 .jardín de la astronomía.
 .la marina e o circuito de rua do grande prêmio da europa de F1.
 .#F1feelings.
 .oceanogràfic: encantamento.
.a lua, o oceanogràfic, a beluga e eu.

o sábado amanheceu com os termômetros marcando 8º negativos. da medieval cuenca para a pós-moderna valencia de santiago calatrava, desci 1000 metros de altitude e esquentei 21º em apenas e tão somente 1 hora de trem. já havia visitado valencia, precisamente em 19 de março de 1995, um domingo, último dia das fallas - a festa mais tradicional da cidade, mundialmente famosa. era a primeira vez que eu via o mediterrâneo e lembro com nitidez do meu encantamento e da estranheza com que vi as pessoas e a mim mesma de roupa na praia. lembro também do vento, das torres de serrano na porta da cidade velha e das crianças vestidas a caráter morrendo de chorar no balcão do ayuntamiento quando a falla vencedora virou uma imensa fogueira [a festa, que acontece todos os anos entre os dias 15 e 19 de março, é um concurso de imensas esculturas de papel maché que são queimadas no último dia]. o complexo da ciudad de las artes y las ciencias, projetado por calatrava, ainda não existia e o grande prêmio da europa ainda era em nurburgring.
dessa vez, como a finalidade da viagem praticamente era conhecer essa parte nova da cidade e visitar o oceanogràfic [o maior oceanário da europa], hospedei-me do lado, no rooms deluxe da avenida instituto obrero.
a ciudad de las artes y las ciencias impressiona pela grandiosidade, pelas mil e uma formas como o espaço criativamente se adapta aos eventos sediados na cidade e pela assimetria branca e quase exagerada de calatrava, filho ilustre de valencia. atravessei a enorme ponte estaiada e caminhei uns 15 minutos até a marina real, onde fica o bonito circuito de rua de F1, atual grande prêmio da europa, pé quente para o brasil e pódio de vitórias de massa e barrichello. fiz o circuito inteiro a pé e voltei para o hotel morta com farofa, com um saldo total de pouco mais de 8km de bate-perna.
no domingo acordei tarde [faço turismo, e não gincana!], almocei no 100 montaditos [amo!] do el saler, ali do lado, e fui para o oceanogràfic. o ingresso não é barato [25 euros], mas vale cada centavo, especialmente para quem se encanta com o mar como eu e não pode mergulhar porque tem problema de ouvido e não aguenta nem a pressão do fundo de piscina inflável de criança. o espaço está dividido por oceanos e emociona mesmo quem já visitou o oceanário de lisboa [que também é incrível]. os enormes aquários e túneis contínuos [nos quais nadam inclusive as espécies mais assustadoras de tubarões] simulam com  sucesso um mergulho no fundo do mar e nos fazem indagar que espécie de vidro é aquele capaz de sustentar tantos milhões de litros de água salgada. a suavíssima trilha sonora e a luz regulada na intensidade exata me afinaram o espírito e me fizeram sentar num cantinho e derramar lágrimas discretas, diante de tamanha boniteza. fiquei ali, no chão, no escurinho, sentindo uma paz absoluta e tomando consciência da minha infinita pequenez. saí de lá uma pessoa melhor.
na segunda, passei o dia perambulando pela parte histórica da cidade até pegar meu AVE de volta para madrid no comecinho da noite. o centro pareceu-me bastante mal cuidado e destoante de uma valencia tão bem preparada para o turismo. percebi um quê de crise que nem remotamente se sente em madrid. de qualquer maneira, fiz umas fotos bem bonitas que infelizmente não poderei dividir com vocês porque meu memory card fez o favor de espatifar sozinho quando o tirei da máquina. nem esquentei: vai-se o cartão, fica a memória [que, no meu caso, é de elefante!].

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