sábado, 19 de novembro de 2011

.#segoviafeelings.





cariños, hoje estive em segóvia, uma cidade linda e indispensável, que fica uns 100km a noroeste daqui de madrid. em meia hora de trem, ou pouco mais de uma hora de carro ou de ônibus,  dá-se de cara com o aqueduto romano aí da foto, que data do século 1º d.C e que é seu principal cartão postal. assim como toledo, segóvia é destino obrigatório da espanha continental. vir a madrid e não ir a toledo e a segóvia é algo assim como ir a roma e não ver o papa - um pecado mortal, portanto. ao passar por madrid, recomendo aos viajantes que reservem dois dias extras, um para cada uma dessas cidades encantadoras e imperdíveis. 
em segóvia, o tour tradicional mínimo começa aos pés do aqueduto, sobe pelas calles de cervantesjuan bravo e isabel la católica até a plaza mayor da cidade [todas as cidades espanholas têm uma plaza mayor] e a majestosa catedral de nuestra señora de la asunción y san frutos, e segue pelas calles marqués del arco e daoiz até o monumental alcázar, um castelo igual aos dos contos de fadas, que já foi fortaleza, residência real, prisão e escola militar de artilharia. foi no alcázar, entre outros acontecimentos históricos, que isabel I de castilla foi coroada rainha e se casou com fernando II de aragón - casalzinho infame que, sob o título oficial de reyes católicos, comandou a cruzada contra os árabes muçulmanos, a unificação religiosa na espanha e o 'descobrimento' e colonização da américa espanhola.
fazia um frio do caramba, resultado dos 1000m de altitude cumulados com o final do outono, mas nada impediu minha caminhada tranqüila pelo casco viejo, revendo [já havia estado em segóvia, precisamente em 1995, na companhia da minha prima querida, carol, leitora já declarada aqui desta biroska] e fotografando sentimentalmente cada detalhe de suas ruelinhas medievais [que hoje convivem em perfeita harmonia com a foto PB que estampa universalmente a capa da biografia do steve jobs e que está na vitrine de 10 entre 10 livrarias, em toda parte - até mesmo em segóvia!]. neste retorno, por sorte, tocou-me estar mais culta do que na primeira oportunidade, pelo que não pude perder a chance de visitar a casa-museu em que viveu, em sua temporada segoviana de mais de uma década, o poeta sevilhano antonio machado, que hoje dá nome à estação de metro que me leva até o meu primeiro endereço em madrid [lembra, carol?!] e que escreveu, entre outras tantas coisas belas, o verso que em mais de uma ocasião já me serviu de descrição nas redes sociais e com o qual coloco um tardio ponto final no post de hoje: 'caminante, son tus huellas el camino y nada más. caminante, no hay camino, se hace camino al andar. al andar se hace el camino, y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar. caminante no hay camino sino estelas en la mar.'   

5 comentários:

  1. viajei por segóvia com suas letras, mas só penso no seguinte: tô com saudade de tu, troço!

    ResponderExcluir
  2. oi can

    vou acompanhar de perto sua estada na Espanha, viu?
    comprou corujinha na loja da foto?
    Besos

    ResponderExcluir
  3. eu já tinha separado um dia pra Toledo... rs

    ResponderExcluir
  4. Can vc escreve suas experiências com tantos detalhes... obrigada por me fazer reviver esse país tão lindo e maravilhoso que tb faz parte da minha história. bjs.

    ResponderExcluir
  5. ai, Segóvia... queria tá do teu lado pra tu me ensinar tanta coisa que eu passei e nem vi. quem sabe eu não vá, de novo, com mais sensibilidade e maturidade.

    ps.: Carol assinando por Carol sou eu, Carol troço, viu? rs

    ResponderExcluir