sábado, 3 de março de 2012

#salamancafeelings

 .salamanca [finalmente!] bajo mis pies.
 .puente de trajano.
 .as paredes 'carimbadas' de salamanca.
 .a linda catedral duas-em-uma.
 .plaza de anaya.
 .casa de conchas, la cure gourmand [comprei mais uma lata!] e a sangría do almoço.
 .a plaza mayor mais bonita da espanha.
 .a mítica universidad de salamanca.
 .eu achei a rã!.
 .la facultad de derecho.
 .a plaza mayor, um minuto antes de... .
 . ... acender... .
 .'cidade à luz de velas'.
.a surreal vista  [diurna e noturna] do meu quarto, no hotel san polo.
a vida às vezes consegue ser especialmente generosa comigo. salamanca foi assim: uma oportunidade de lembrar que tudo aquilo que a gente genuinamente deseja, e que nos é permitido, um dia, na hora certa, se realiza. uma a uma, cada uma das coisas que desejei a respeito dessa cidade foram se cumprindo, como uma promessa divina [daquelas que acontecem não na hora que a gente planeja, mas na hora que 'têm que acontecer']. primeiro, a vista surreal da janela do quarto 106 do hotel san polo, construído sobre as ruínas [uma parte preservada] da igreja de mesmo nome: a catedral de salamanca, linda, imponente, inteira, iluminada a ponto de me lembrar que o céu continua azul mesmo de noite. depois, estar simplesmente no meio da plaza mayor mais bonita da espanha e ouvir o 'TCHUM' de todas as luzes se acendendo ao mesmíssimo tempo [um pedacinho da minha alma vaga para sempre por ali desde então]...
salamanca é toda amarela, quase banhada a ouro, e vai amarelando e contrastando mais e mais com o céu impecavelmente azul da espanha [esse país sem fim!] a cada badalada a mais que a cada sessenta minutos a catedral faz ecoar por toda a cidade. à noite, faz jus ao título de 'cidade à luz de velas'. medieval, cheia de escrituras em latim 'carimbadas' nas paredes, mas com o frescor das cidades universitárias. a cada esquina, gente jovem reunida, a maioria longe de casa, contando causos e rindo da vida. a cada bêco, sentado no chão, um estudante dedicado que busca um cantinho solitário e silencioso para ler ao sol. a cada banco  de praça e a cada mesa de bar, um casalzinho que descobre o amor. lembrei do [meu] vinícius em 'o amor por entre o verde' ao perceber que, de fato, na sua extrema juventude, os 'casaizinhos de brotos' de salamanca são a coisa mais antiga que há na cidade, de uma ancestralidade tal que ninguém nunca há de saber a quantos milênios remonta.
salamanca é isso: o encontro do velho e do novo, de uma maneira tão harmoniosa que já quase não se consegue distingui-los. e foi assim que eu vivi a terça-feira de carnaval mais bonita da minha vida.

Um comentário:

  1. que texto lindo sobre a minha cidadezinha mágica. deixou meus olhos marejados, tró. obrigada por me (re)lembrar do eterno céu azul e de tantas outras coisas delicadas e apaixonantes de salamanca. amo tu (:

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